No Ano Internacional dos Afrodescendentes - 2011 instituído pela ONU, segue em cartaz a mostra histórico documental AFRODESCENDENCIALIDADE: cronologia da luta pelo fim da discriminação racial no país, no Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa. A visitação segue até o dia 16 de julho, de terça a sábado, com entrada franca.
A mostra apresenta registros históricos da trajetória do negro, com enfoque na contribuição cultural e nas lutas pela conquista da cidadania e pelo fim da discriminação racial no país. Entre estes registros, destaque para materiais do acervo de imprensa do museu, como a Revista Tição (1979), o jornal O Exemplo (1902) - periódico escrito por negros, o jornal ilustrado O Século(1883), além do Diário Oficial do Império do Brasil (1871), com a Lei do Ventre Livre. A exposição apresenta também diversas esculturas de orixás de autoria do artista plástico Ciro Lopes.
A proposta da exposição é lançar um olhar sobre o papel do negro na sociedade através de uma linha de tempo, com fatos e personagens que vão desde o Brasil Colônia até atualidade. Assim, oportunizar ao público uma reflexão sobre a afrodescendencialidade através do resgate da trajetória política, social, intelectual, cultural e religiosa do negro no país.
Patrícia Brito, responsável pela curadoria e expografia da mostra, ressalta que dia 13 de maio - escolhido pela historiografia oficial como símbolo da liberdade – “representa apenas o término de um sistema escravocrata que não se adequava com os novos tempos”. E esclarece que o Brasil foi o último país da América a realizar a abolição (1888), contudo, sem uma preocupação com a inclusão social dessa população. “Foram 300 anos de escravidão, onde o binômio, representado pelo latifúndio e a mão de obra escrava, sustentou a economia brasileira”.
O Museu fica na Rua dos Andradas, 959 - Centro Histórico de Porto Alegre/RS.
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